quarta-feira, abril 29, 2009

jochen lempert


"Antes de eleger a fotografia como medium do seu trabalho artístico, Jochen Lempert (Moers, Alemanha, 1958) dedicou-se intensamente, entre 1979 e 1989, à realização de filmes experimentais no âmbito do colectivo Schmelzdahin. Paralelamente, entre 1980 e 1988, fez os seus estudos universitários em Biologia. De ambas as actividades ficariam traços indeléveis no seu trabalho fotográfico. Este distingue-se, desde logo, pela escolha do assunto: a vida animal, que o artista investiga com um olhar informado e uma curiosidade insaciável, nas suas diferentes formas e nos mais diversos contextos (do habitat natural ao museu de história natural, do jardim zoológico ao meio urbano), mas também nas suas manifestações e representações na vida quotidiana e na cultura material. A este interesse pela vida animal como assunto alia-se uma exploração das propriedades e da materialidade da imagem fotográfica. Jochen Lempert fotografa com uma câmara de 35 mm e a preto e branco, escolhe deliberadamente papéis que não se conformam aos padrões profissionais e tira partido, de forma prodigiosa, do processo de revelação. O seu trabalho define uma posição artística solitária, discretamente construída sem qualquer concessão às tendências e aos cânones dominantes na fotografia contemporânea.

Curadoria · Curator: Miguel Wandschneider"

mais uma vez,

o curioso neste trabalho surge com o processo da simplificação dos meios, materiais e suportes revelando a uma sociedade cada vez mais pastiche no seu sentido burlesco, neo-barroco e esquizofrénico

excelente o texto no "infinito ao espelho":

"não é pelo ardil que a imagem se apresenta"

"inocência"

e pelo que entendi uma espécie de

"intervalo"

quem sabe palavras cada vez mais poderosas para tempos futuros.

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