"O sonho permite, sustenta, mantém, coloca em plena luz uma estranha subtileza de sentimentos morais, por vezes mesmo metafísicos, o sentido mais subtil da relações humanas, das diferenças refinadas, um saber da mais alta civilização, em suma, uma lógica consciente, articulada, com uma delicadeza inaudita, que só um trabalho de vigília intensa deveria estar capacitado de obter. Em suma o sonho faz falar tudo o que em mim não é estranho, estrangeiro: é uma anedota indelicada feita com sentimentos muito civilizados (o sonho seria civilizador)."
( Roland barthes "O Prazer do Texto" Ed. Perspectiva, 1989, p.77)
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