quarta-feira, março 25, 2009

"O Pintor de Batalhas" Arturo Pérez-Reverte

"Do Vietname ao Líbano, do Camboja à Eritreia, de El Salvador à Nicarágua, de Angola a Moçambique aos Balcãs e ao Iraque...Depois de trinta anos a tirar fotografias em busca da imagem definitiva, do momento a um só tempo fugaz e eterno que explica tudo, o fotógrafo de guerra Andrés Faulques substituiu a câmara pelos pincéis. Não conseguindo tirar a foto capaz de transmitir o caos do Universo, agora, enquanto tenta compreendê-lo, começa a pintar um grande fresco circular no muro de uma torre de vigia no Mediterrâneo, onde vive sozinho, perturbado pela memória da mulher que nunca conseguira esquecer e pela visita inesperada de um homem que o quer matar. O homem é uma sombra do seu passado, uma das inúmeras faces da guerra com que ganhou a vida. Mas o poder da imagem vai muito além da sua existência física e, à medida que o romance avança, a história do artista e do soldado emerge, entrelaçada co uma história de amor condenada e o progresso de uma pintura impregnada de História."



(Edições ASA, Março de 2007)





"A geometria do caos no rosto sereno de uma rapariga moribunda".

"«O Cavaleiro, a morte e o Diabo» deDurer (...), numa sequência de movimento extraordinário, como se se tratasse de uma só personagem cujo avanço tivesse sido decomposto visualmente: ptresságio assombroso das distorções temporais de Duchamp e dos Futuristas, ou das cronofotografias de Marey. No quadro de Ucello, sobre o que à primeira vista parecia um único cavalo, o grupo era formado por cinco cavalos quase sobrepostos, dos quais se conseguiam ver quatro cabeças com três penachos, um deles suspenso no ar. Um único guerreiro (...). O tempo e o acaso, à sua maneira, também pintavam." (pp.109-110)



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