sexta-feira, dezembro 28, 2007

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Tornou-se, aliás, em 1988 a primeira mulher a chefiar um governo num país de maioria muçulmana. E morreu provavelmente às mãos daqueles que achavam que a sua vida era um crime: uma mulher ousar ter protagonismo, atrever-se a querer moldar os destinos do Paquistão, esse "País dos Puros" que foi criado em 1947 para ser a pátria para os muçulmanos da Índia.Herdeira de uma das mais famosas dinastias políticas, Benazir tinha muitos inimigos. Mas quando se pensa a quem pode valer esta sua morte a resposta só pode ser uma: àqueles que apostam na política de terra queimada, que acreditam que o caos é sempre melhor que uma ordem que não é a sua.
Os fundamentalistas islâmicos são os suspeitos óbvios.
Nunca uma mulher, educada nas melhores universidades da Europa e dos Estados Unidos, seria aceitável como governante para quem defende o regresso ao islão mítico do século VII. A morte de Benazir foi como toda a sua vida: trágica. O pai, ex-primeiro-ministro, morreu enforcado pelas ordens de um ditador militar; os dois irmãos tiveram mortes violentas, um deles às mãos da polícia quando a própria irmã era primeira- -ministra.
A história do Paquistão é também cada vez mais uma tragédia. Governado por um militar que só há semanas desistiu do seu uniforme, tem 160 milhões de habitantes, uma sociedade dividida e a arma nuclear.
Rawalpindi, onde a mulher de beleza persa foi ontem morta, é muito longe. Mas não podemos ficar indiferentes ao terror que por lá acontece. "

Quais serão os suspeitos menos óbvios???

O petrólio sobe em NY e Londres...

Os EUA pesquisam morte de Benazir...

Pentágono diz que arsenal nuclear do Paquistão está seguro...

al-Qaeda principal suspeita... (correcção de última hora)

al-Qaeda assume responsabilidade...

conveniente...

não

???

1 minuto de silêncio

pela coragem da MULHER

BENAZIR

1 minuto de silêncio

pela DEMOCRACIA


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