Bienal de Coruche com obras para todos os gostos e preços
O óleo sobre tela, sem título, de Frederico Ramires, é a obra premiada da Bienal de Coruche, exposição sob o mote “Novas Figurações” que foi inaugurada quinta-feira e vai decorrer até dia 21 de Outubro no antigo salão de festas Alcorucen. No espaço estão expostas 72 obras de 54 artistas. O autor distinguido, oriundo de Lisboa, vai receber um prémio monetário de 3.500 euros. O júri seleccionou ainda três menções honrosas: para o acrílico sobre tela “A Nuvem passa mas a chuva fica”, de Cristina Troufta; “Viagem dos Sentidos”, um óleo sobre tela de Mónica Silva; e uma tela de D. David, sem título. Estes trabalhos merecem um prémio de 250 euros cada.
Depois da primeira edição em 2003 realizada numa garagem e, dois anos depois, numa tenda gigante no parque do Sorraia, a Bienal de Coruche voltou-se mais para o centro da vila. O futuro “diz” que a edição ideal será realizada no novo pavilhão multiusos mas o presidente da Câmara de Coruche não garante que até lá esteja construído. “O que garanto é que haverá bienal, apesar de não possuirmos uma galeria ou um espaço multiusos para exposições, cultura, concertos entre outras manifestações”, refere Dionísio Mendes.
Um dia depois da inauguração, que contou com cerca de 200 pessoas, a bienal começou a ser visitada por várias pessoas cerca das 11 da manhã. As 72 telas estão distribuídas por três grandes corredores. À entrada uma técnica do museu municipal regista as entradas. Há na mesa catálogos, t-shirts e sweat-shirts alusivas à bienal para venda. Um folheto com as obras em exposição evidencia preços entre os 400 e seis mil euros.
Manuel Caçador, de Coruche, observa sozinho e atentamente os quadros em exposição. É visitante da bienal desde 2003. Confessa-se fora das técnicas mas gosta de olhar, de ver o que as “telas dizem e a expressão do artista”. “Dentro das minhas limitações penso que há obras boas, algumas mais coloridas que despertam sentimentos. A realização é interessante, devia ser anual para que as pessoas se interessem pelo evento e tenham acesso à arte”, sustenta.
Ana Marques, proprietária de uma loja na vila, diz não ter um gosto comum - “ou gosto ou não gosto”, sublinha. É presença habitual na bienal e considera que os coruchenses aceitam bem o evento.
Quem se mostra satisfeito com a terceira edição da exposição é Dionísio Mendes, que salienta as cerca de 600 obras e mais de 200 autores candidatos. “Penso que adesão é significativa, assim como a presença de público anónimo e pessoas de Coruche na inauguração. As autarquias também devem preocupar-se em investir e dedicar atenção aos aspectos da cultura, da promoção do ser humano e à divulgação das formas artísticas mais diversas”, acrescenta o autarca.
Apesar de não ser um especialista, Dionísio Mendes confessa ter um mínimo de sensibilidade para apreciar algumas das telas da exposição com influências da pop art. “Não estou pessoalmente a pensar comprar um quadro mas é possível que a autarquia adquira um ou outro quadro, como temos feito habitualmente”, adianta.
Até dia 21 não faltam motivos de interesse para visitar a bienal, entre as 11h00 e as 22h00, de terça-feira a domingo, com entradas gratuitas. O evento decorrerá em paralelo, a 12, 13 e 14 as 19.º edição das Jornadas de Gastronomia de Coruche, a terem lugar em nove restaurantes do concelho. De 12 a 17 é a vez da Feira do Livro no pátio do museu municipal. Dia 13, Jorge Palma dá um concerto na praça de Liberdade.
Jornal "o Mirante"
1 comentário:
O pior este ano foi, eles dizem, que esta bienal esta ligada as novas figurações, e falta lá o grandioso KIM PRISU, ele é um dos pioneiros da nova figuração (ou figuração livre) ele começou em 1980 na frança a batalhar para esse movimento artístico, e tem uma obra que tem uma importância fundamental para a distintivo.
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