domingo, outubro 28, 2007

Sobre algumas traições

G.M.Tavares

_____________________________________

Todos os dias...bem, nem todos os dias...
de quando em vez, pronto,
questiono-me sobre a continuação ou extinção deste azul impuro por ter raios de violeta e, que ainda por cima, tem por cima, um simples acento ´ no I!!!

Um aSSento por cima que não acenta adequadamente no português corrente…mas por ser corrente, por onde corre o português? Se corre vai a algum lado, não é?

Reinventa-se…ou não?
Redesenha-se…ou não? Flui…ou não?
Corrente é corrente...ou não?

Coisa imprópria nestes tempos onde o impróprio é não ser-se PRÓPRIO!!!

Não convém, não fica bem, não, não fica mesmo nada bem.


No sentido de se ficar convencido de ter controlo: Arranjam-se desculpas, argumentos, matrizes, planificações standar, criam-se plataformas, seguranças, confianças, alianças, crianças, tranças e traças!

Nada disto existe de facto...só as traças.
A única coisa existente e verdadeira é o que é PRÓPRIO! Mas isssooooo, ui! é o perigo da sociedade moderna (quando exposto, claro! Em segredo...)

Dizia então eu que:

Hoje, domingo, era dia D - dia do atraso da hora, porque as horas também se atrasam. Não deviam claro!
A hora devia levar falta pelo atraso e, poxa! Uma hora atrasada devia levar uma hora de substituição! –

E ele era: Asta la vista! E pronto. Finito! Chega!

Não interessa para nada mesmo...além disso, cada vez mais me aborreço de estar aqui sentada a teclar...em vez de dançar, tocar viola, cantar, pintar, viver, morrer, qualquer coisa.


Procurei, porque sim, apeteceu-me, o pão quente na Quinta da Silvã,
encontrei este G.M.T.
arranquei da revista - não sem antes pedir autorização - Claro! Sou irritantemente bem educada, gostava de ser rebelde e fazer as coisas ao impulso da vontade.


E assim, sem saber como nem porquê, viajou esta folha solta até aqui. É difícil saber o que fazer com as folhas soltas...por mim…deixo-as à solta aqui por casa.

É um pouco chato. Quase mais folhas que casa, quase mais soltas que folhas. Não fosse a luz das palavras impressas a negro de um homem que ri por dentro. Por fora, faz questão de colocar aquele ar taciturno de quem pensa muito sobre as coisas sérias, mas com a sabedoria de quem sabe a massa com que é feito pão quente.

E a verdade é que a ironia é sobre a verdade!!! Ali: nua e crua! A verdade é a mais cómica realidade das coisas.


Bom, por isso aqui vos deixo este humor traiçoeiro porque é um retrato perfeito de muita "história mal contada".

...por isso ainda não foi desta, continuo fiel, afinal...o pão estava delicioso.

Sem comentários: