domingo, outubro 28, 2007

FAC


Está quase, vem já aí.

De 7 a 12 de Novembro.

Só para todos.

foto tirada da net.

Sobre algumas traições

G.M.Tavares

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Todos os dias...bem, nem todos os dias...
de quando em vez, pronto,
questiono-me sobre a continuação ou extinção deste azul impuro por ter raios de violeta e, que ainda por cima, tem por cima, um simples acento ´ no I!!!

Um aSSento por cima que não acenta adequadamente no português corrente…mas por ser corrente, por onde corre o português? Se corre vai a algum lado, não é?

Reinventa-se…ou não?
Redesenha-se…ou não? Flui…ou não?
Corrente é corrente...ou não?

Coisa imprópria nestes tempos onde o impróprio é não ser-se PRÓPRIO!!!

Não convém, não fica bem, não, não fica mesmo nada bem.


No sentido de se ficar convencido de ter controlo: Arranjam-se desculpas, argumentos, matrizes, planificações standar, criam-se plataformas, seguranças, confianças, alianças, crianças, tranças e traças!

Nada disto existe de facto...só as traças.
A única coisa existente e verdadeira é o que é PRÓPRIO! Mas isssooooo, ui! é o perigo da sociedade moderna (quando exposto, claro! Em segredo...)

Dizia então eu que:

Hoje, domingo, era dia D - dia do atraso da hora, porque as horas também se atrasam. Não deviam claro!
A hora devia levar falta pelo atraso e, poxa! Uma hora atrasada devia levar uma hora de substituição! –

E ele era: Asta la vista! E pronto. Finito! Chega!

Não interessa para nada mesmo...além disso, cada vez mais me aborreço de estar aqui sentada a teclar...em vez de dançar, tocar viola, cantar, pintar, viver, morrer, qualquer coisa.


Procurei, porque sim, apeteceu-me, o pão quente na Quinta da Silvã,
encontrei este G.M.T.
arranquei da revista - não sem antes pedir autorização - Claro! Sou irritantemente bem educada, gostava de ser rebelde e fazer as coisas ao impulso da vontade.


E assim, sem saber como nem porquê, viajou esta folha solta até aqui. É difícil saber o que fazer com as folhas soltas...por mim…deixo-as à solta aqui por casa.

É um pouco chato. Quase mais folhas que casa, quase mais soltas que folhas. Não fosse a luz das palavras impressas a negro de um homem que ri por dentro. Por fora, faz questão de colocar aquele ar taciturno de quem pensa muito sobre as coisas sérias, mas com a sabedoria de quem sabe a massa com que é feito pão quente.

E a verdade é que a ironia é sobre a verdade!!! Ali: nua e crua! A verdade é a mais cómica realidade das coisas.


Bom, por isso aqui vos deixo este humor traiçoeiro porque é um retrato perfeito de muita "história mal contada".

...por isso ainda não foi desta, continuo fiel, afinal...o pão estava delicioso.

quarta-feira, outubro 24, 2007

terça-feira, outubro 23, 2007

LOBO









"troça tudo, troça tudo!!!"
...entre o buraco fundo e a parede da minha rua íngreme e enlameada...

...o carro deu um solavanco e preferiu digitalizar-se ao muro...

só depois eu soube o quanto tinha que me "frimar".

"frimar" e "troça" e arrancar dentes...

"o que poderia ter feito?"






Revista VISÃO de 18 Out 2007

domingo, outubro 21, 2007

"queria de ti um país de bondade e de bruma/queria de ti o mar de uma rosa de espuma" - Mário Cesariny

estrela do mar




Jorge Palma

Numa noite em que o céu tinha um brilho mais forte
e em que o sono parecia disposto a não vir
fui estender-me na praia sozinho ao relento
e ali longe do tempo acabei por dormir

Acordei com o toque suave de um beijo
e uma cara sardenta encheu-me o olhar
ainda meio a sonhar perguntei-lhe quem era
ela riu-se e disse baixinho: estrela do mar

Sou a estrela do marsó a ele obedeço, só ele me conhece
só ele sabe quem sou no princípio e no fim
só a ele sou fiel e é ele quem me protege
quando alguém quer à forçaser dono de mim

Não sei se era maior o desejo ou o espanto
mas sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar

Em silêncio trocámos segredos e abraços
inscrevemos no espeço um novo alfabeto
já passaram mil anos sobre o nosso encontro
mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar

quinta-feira, outubro 18, 2007

Qui Mira Qui?

PENSAR A MIRADA...

"EL OJO ESPEJO, TRANSPARENTE, OPACO, COMPLICE, ALEGRE, NOSTÁLGICO, TRÁGICO, DULCE, AGRESIVO, IRÓNICO..."

más allá de la melancolía

reflectindo a partir de múltiplos olhares...

terça-feira, outubro 16, 2007

sábado, outubro 13, 2007

Bienal de Curuche

Bienal de Coruche com obras para todos os gostos e preços
O óleo sobre tela, sem título, de Frederico Ramires, é a obra premiada da Bienal de Coruche, exposição sob o mote “Novas Figurações” que foi inaugurada quinta-feira e vai decorrer até dia 21 de Outubro no antigo salão de festas Alcorucen. No espaço estão expostas 72 obras de 54 artistas. O autor distinguido, oriundo de Lisboa, vai receber um prémio monetário de 3.500 euros. O júri seleccionou ainda três menções honrosas: para o acrílico sobre tela “A Nuvem passa mas a chuva fica”, de Cristina Troufta; “Viagem dos Sentidos”, um óleo sobre tela de Mónica Silva; e uma tela de D. David, sem título. Estes trabalhos merecem um prémio de 250 euros cada.
Depois da primeira edição em 2003 realizada numa garagem e, dois anos depois, numa tenda gigante no parque do Sorraia, a Bienal de Coruche voltou-se mais para o centro da vila. O futuro “diz” que a edição ideal será realizada no novo pavilhão multiusos mas o presidente da Câmara de Coruche não garante que até lá esteja construído. “O que garanto é que haverá bienal, apesar de não possuirmos uma galeria ou um espaço multiusos para exposições, cultura, concertos entre outras manifestações”, refere Dionísio Mendes.
Um dia depois da inauguração, que contou com cerca de 200 pessoas, a bienal começou a ser visitada por várias pessoas cerca das 11 da manhã. As 72 telas estão distribuídas por três grandes corredores. À entrada uma técnica do museu municipal regista as entradas. Há na mesa catálogos, t-shirts e sweat-shirts alusivas à bienal para venda. Um folheto com as obras em exposição evidencia preços entre os 400 e seis mil euros.
Manuel Caçador, de Coruche, observa sozinho e atentamente os quadros em exposição. É visitante da bienal desde 2003. Confessa-se fora das técnicas mas gosta de olhar, de ver o que as “telas dizem e a expressão do artista”. “Dentro das minhas limitações penso que há obras boas, algumas mais coloridas que despertam sentimentos. A realização é interessante, devia ser anual para que as pessoas se interessem pelo evento e tenham acesso à arte”, sustenta.
Ana Marques, proprietária de uma loja na vila, diz não ter um gosto comum - “ou gosto ou não gosto”, sublinha. É presença habitual na bienal e considera que os coruchenses aceitam bem o evento.
Quem se mostra satisfeito com a terceira edição da exposição é Dionísio Mendes, que salienta as cerca de 600 obras e mais de 200 autores candidatos. “Penso que adesão é significativa, assim como a presença de público anónimo e pessoas de Coruche na inauguração. As autarquias também devem preocupar-se em investir e dedicar atenção aos aspectos da cultura, da promoção do ser humano e à divulgação das formas artísticas mais diversas”, acrescenta o autarca.
Apesar de não ser um especialista, Dionísio Mendes confessa ter um mínimo de sensibilidade para apreciar algumas das telas da exposição com influências da pop art. “Não estou pessoalmente a pensar comprar um quadro mas é possível que a autarquia adquira um ou outro quadro, como temos feito habitualmente”, adianta.
Até dia 21 não faltam motivos de interesse para visitar a bienal, entre as 11h00 e as 22h00, de terça-feira a domingo, com entradas gratuitas. O evento decorrerá em paralelo, a 12, 13 e 14 as 19.º edição das Jornadas de Gastronomia de Coruche, a terem lugar em nove restaurantes do concelho. De 12 a 17 é a vez da Feira do Livro no pátio do museu municipal. Dia 13, Jorge Palma dá um concerto na praça de Liberdade.


Jornal "o Mirante"

quarta-feira, outubro 10, 2007

ANÓNIMO SAID...

"Anónimo said...

Se não gosta não veja. Mas porque é que goza. É uma novela, logo não é a realidade não pode ser levado a serio. Se não fossem as novelas a mostrarem que ainda há felicidade as pessoas estariam mais tristes do que já estão.Se não gosta de novelas portuguesas paciência, mas na minha opinião deve ser daquelas que gosta das novelas da tvi, logo as novelas da treta."

NÃO RESISTO A PUBLICAR ESTE COMENTÁRIO!

sexta-feira, outubro 05, 2007

Sapo verdinho e fofinho

e.escola

Portugal a inovar:

3 garotas entre os 14 e 15 anos levaram 25.
Uma nas escadas, outra não sei onde e outra não sei onde...

- ...ele era verdinho, baixinho e não sei quê???

As 3 dizem em uníssono e derretidas: Siiiiiiiiiiiimmmmmm

O Sapo dá!!!

se fores um garoto??? também levas???

O sapo DÁ!!! São só 150 €

Programa para a escola destinado a alunos (ou alunas?) do 10º ano para aquisição de um portátil ao qual se tem de ser fiel por 3 anos - a pagar a mensalidade da assinatura da internet.

O Sapo DÁ!

Aproveita! Podes levar também...ou a tua irmã, ou a tua filha, ou a tua sobrinha...ou as 3.

Pornografia publicitária subliminar para jovens? Ou pornografia económica? Ou pornografia educativa? Ou o quê???

Insónia, novela, “vingança” e…insónia…








Insónia, novela, “vingança” e…insónia…

Dia 1 de Outubro 2007

Em noite de falta de sono ou incapacidade de fachar olhos e desligar, ligo, em alternativa, o televisor no canal que o comando define:


SIC – “Vingança” – produção portuguesa – novela.
Seja!Para narcotizante serve.

1º - O protagonista Santiago resgata a princesa Laura (não sei como, nem do quê porque, confesso, não liguei o televisor antes);

2º- Desmaiada, Laura é levada para casa pelo grande amor e pela irmã médica que diagnostica estabilidade da situação, apesar do desmaio. Santiago a sós com Laura (desmaiada e com sinais estáveis) fica ansioso rogando para ela não ir embora…!!!(pergunto: onde ela poderia ir assim desmaiada e com sinais estáveis???)

3º - O filho joga consola num espaço preparado para um garoto da idade dele diga-se: um lugar escuro e fechado – tipo Bunker eventual terceira pós-guerra mundial, com computador, consola e demais apetrechos electrónicos necessários à subrevivência para um garoto daquela idade.


História:

Dois homens poderosos e ricos: o bom e o mau.
Dois filhos poderosos: o bom e o mau.
Duas casas palacianas guardadas por um exército de seguranças: Os bons e os maus.
Dois extractos sociais: os ricos e os pobres.
Duas personalidades dos extractos sociais: Os ricos querem continuar a ser ricos, os pobres querem ser ricos como os ricos. Os pobres trabalham para os ricos e são de uma subserviência acrítica quer para o bem quer para o mal (acho que já disse isto em algum lado…redundância???).
Duas crianças.

Os Pobres são assassinos ou, no caso das mulheres, vendem-se aos homens (ricos!) por estabilidade económica. Quando não se vendem ou vivem às custas da “generosidade” dos Ricos e são completamente domesticadas aos seus “donos” de adopção (caso da governanta de Santiago e da mãe adoptiva de Laura), não têm vida própria, a vida delas serve a vida dos seus meninos…ricos…com muito amor e carinho, claro.

As casas estão sempre impecavelmente limpas pelo que se suporia uma intervenção significativa de uma infantaria de “mulheres da limpeza” (não há “homens da limpeza”), jardineiros, etc. o que levaria a outras histórias que a novela com “maior sucesso portuguesa” não caberia contar…seria monótono e desinteressante.

Os cenários passam-se entre as diversas casas…dos ricos, casas de campo, casas de aluguer, mansões, hospital particular de cirurgia plástica, restaurante de luxo (claro!) e a casa do pobre (o assassino alcoólico pau-mandado do vilão).

Enfim, é quase enfadonho descrever mas serve para contar e enquadrar o seguinte episódio que eu vi!!! E ouvi!!! Ninguém viu???

O menino bom, como referia atrás estava a jogar consola. Para o proteger do problema da mãe desmaiada a governanta pede para jogar com ele e pergunta como se joga…

O garoto (na sua sapiência) diz à adulta:

-Mas tu sabes jogar?

Ao que ela responde em brincadeira:

- Claro, jogo todos os dias.

Sorriem ambos…(é uma cena comovente pois o menino tem a mãe no andar de cima e a governanta está a protegê-lo de ir ver a mãe desmaiada). A governanta pede ao garoto para lhe explicar como se joga:

- Fazes assim: O jogo passa-se na segunda guerra mundial…nós somos os alemães…

Fade in…desaparece o som enquanto na imagem se vê AINDA por instantes a governanta a rir com o garoto, provavelmente enquanto decapita ou dispara sobre judeus ou a resistência francesa…

Fade out…outra cena.

Será que eu vi - ouvi bem???

Impossível dormir de olhos abertos e ouvidos despertos…





Observação: Laura tinha desmaiado porque teria morto o marido (o mau) que afinal...não morreu!!!



Delírio divino.



A fotografia a cores e LCD da sociedade portuguesa escrita por qualquer guionista no seu resort, mansão ou condomínio fechado sofrendo (???) de uma profícua Anestesia Cerebral...