terça-feira, abril 24, 2007

Daniel Blaufuks


"Sob céus estranhos" Ed. Tinta da China


Hoje pelas 18h30mn na Fnac do Chiado, e às 22 h na galeria Vera Cortês, será lançado o livro e o dvd "Sob Céus Estranhos" de Daniel Blaufuks.

«Quis desmistificar a ideia do regime de Salazar como anjo da guarda»
Por Luis Miranda
A propósito do livro e DVD Sob Céus Estranhos, o fotógrafo Daniel Blaufuks falou ao SOL da sua obra e dos judeus exilados em Lisboa
Vale a pena ler...



"sob céus estranhos
under strange skies
During the Second World War, Lisbon, like Casablanca, was a corridor for refugees going from Hitler's occupied territories to America. This film tells two parallel stories about exile and accommodation. Through a narrated memoir and photographs, the tale of a German Jewish family that decided to stay in Portugal is recounted. The larger, more sociological account of artists who used Lisbon's escape route is skilfully told as well, using beautifully shot historic footage and written memoirs by some of the era's leading intellectuals including Heinrich Mann (The Blue Angel) and Alfred Doeblin (Berlin Alexanderplatz). This film evokes a desperate, intenselyromantic period of exile, despair and, ultimately, freedom.(Marc Glassman, Hot Docs, Toronto)


narrated by Bruno Ganz, 57 min., digital, color, 2002


prod.:
LX Filmes, Lisboa"




"Morre lentamente


Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.Morre lentamente..."


Pablo Neruda aqui
também na Divina Desordem

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