domingo, março 28, 2010
terça-feira, março 23, 2010
segunda-feira, março 22, 2010
dizem que a paixão o conheceu
Dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice
Conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo
Dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nunhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos
Al Berto
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira náusea da velhice
Conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso tamanho do medo
Dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nunhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos
Al Berto
domingo, março 21, 2010
terça-feira, março 16, 2010
solo le pido a dios
Sólo le pido a Dios
Que el dolor no me sea indiferente,
Que la reseca muerte no me encuentre
Vacío y solo sin haber hecho lo suficiente.
Sólo le pido a Dios
Que lo injusto no me sea indiferente,
Que no me abofeteen la otra mejilla
Después que una garra me arañó esta suerte.
Sólo le pido a Dios
Que la guerra no me sea indiferente,
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente.
Sólo le pido a Dios
Que el engaño no me sea indiferente
Si un traidor puede más que unos cuantos,
Que esos cuantos no lo olviden fácilmente.
Sólo le pido a Dios
Que el futuro no me sea indiferente,
Desahuciado está el que tiene que marchar
A vivir una cultura diferente.
segunda-feira, março 15, 2010
A casa de brinquedos
CASA DE BRINQUEDOS
Toquinho
"Chegamos, filho.
É aqui. Prepare-se.
Aqui você vai descobrir um vale encantado
vai chegar na caverna misteriosa
e vai conhecer o estranho laboratório do cientista louco.
E eu queria lhe dizer uma coisa. Não esqueça, filho.
Uma rosa não é uma rosa. Uma rosa é o amanhã,
uma mulher o canto de um homem.
Uma rosa é uma invenção sua.
O mundo é uma invenção sua.
Você lhe dá sentido. Você o faz bonito. Você o cobre de cores.
Um brinquedo, o que é um brinquedo?
duas ou três partes de plástico, de lata ...
Uma matéria fria, sem alegria, sem História ...
Mas não é isso, não é, Filho?
Porque você lhe dá vida,
Você faz ele voar, viajar ...
Vamos, filho.
Sabe que lugar é esse?
É um lugar de sonhos.
Uma casa de brinquedos.
Vamos entrar."
Toquinho
"Chegamos, filho.
É aqui. Prepare-se.
Aqui você vai descobrir um vale encantado
vai chegar na caverna misteriosa
e vai conhecer o estranho laboratório do cientista louco.
E eu queria lhe dizer uma coisa. Não esqueça, filho.
Uma rosa não é uma rosa. Uma rosa é o amanhã,
uma mulher o canto de um homem.
Uma rosa é uma invenção sua.
O mundo é uma invenção sua.
Você lhe dá sentido. Você o faz bonito. Você o cobre de cores.
Um brinquedo, o que é um brinquedo?
duas ou três partes de plástico, de lata ...
Uma matéria fria, sem alegria, sem História ...
Mas não é isso, não é, Filho?
Porque você lhe dá vida,
Você faz ele voar, viajar ...
Vamos, filho.
Sabe que lugar é esse?
É um lugar de sonhos.
Uma casa de brinquedos.
Vamos entrar."
domingo, março 14, 2010
ovo
"MONSTRA 2010 Amanhã, domingo, é dia de retrospectiva da animação francesa, sessões dedicadas aos argumentistas e à animação em volume "made in" Portugal. No Cinema City Alvalade, faz-se homenagem aos 20 anos do Supinfocom. E na Gulbenkian, há dança e animação e uma oficina às 15h. Monstrinha é no S. Jorge e no Museu de Etnologia. Q...uer ainda mais motivos para visitar a MONSTRA 2010? Consulte www.monstrafestival.com!" (no FB)
sábado, março 13, 2010
Palavra de Sophia - Gritava contra o silêncio
"Gritava como se estivesse só no mundo,
como se tivesse ultrapassado
toda a companhia e toda a razão
e tivesse encontrado a pura solidão.
Gritava contra as paredes, contra as pedras,
contra a sombra da noite.
Erguia a sua voz como se a arrancasse do chão,
como se o seu desespero e a sua dor
brotassem do próprio chão que a suportava.
Erguia a sua voz como se quisesse atingir com ela
os confins do universo e aí,
tocar alguém, acordar alguém, obrigar alguém a
responder.
Gritava contra o silêncio."
(poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, Música João Gil)
como se tivesse ultrapassado
toda a companhia e toda a razão
e tivesse encontrado a pura solidão.
Gritava contra as paredes, contra as pedras,
contra a sombra da noite.
Erguia a sua voz como se a arrancasse do chão,
como se o seu desespero e a sua dor
brotassem do próprio chão que a suportava.
Erguia a sua voz como se quisesse atingir com ela
os confins do universo e aí,
tocar alguém, acordar alguém, obrigar alguém a
responder.
Gritava contra o silêncio."
(poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, Música João Gil)
sexta-feira, março 12, 2010
quinta-feira, março 11, 2010
quarta-feira, março 10, 2010
1º post em 2006
Nem é dia do aniversário, que seria a 30 de Outubro, mas foi hoje que, pela primeira vez, me lembrei de ir ver qual foi o meu primeiro post. Fiquei surpreendida! 3 anos e quase 5 meses é mesmo teimosia, ou persistência, ou resistência.
A verdade é que me tem dado um jeitão. Guardo aqui alguns tesouros meus: imagens que me impressionaram, autores que referêncio, gente que gosto, música que ouvi, momentos que me escolheram uma palavra. Escrevi pouco. Soube-me bem.
terça-feira, março 09, 2010
segunda-feira, março 08, 2010
quarta-feira, março 03, 2010
terça-feira, março 02, 2010
segunda-feira, março 01, 2010
escreve uma carta
Já nem lembro de abrir a caixa do correio e encontrar uma carta escrita à mão, faz parte da memória ou já do imaginário...faz alguns anos vi uma emoldurada numa sala de uma amiga. Era linda! Escrita por Bruno Munari, é uma carta-escrita-desenhada carinhosa, bonita. Assim, simples...sábia.
Quando, no sábado de vento espesso, revirei os campos e falésias algarvias, encontrei esta família de caixas do correio tão singular...lembrei-me do sabor da cola de fechar os envelopes, as imagens dos selos (que coleccionava), da tinta da caneta, às vezes uma folha com papel especial...e da sensação bonita de ter uma carta escrita só para mim.
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