...fins de tarde cada vez mais imperfeitos: esquecer o dia, nem lembrar do trabalho, beber uma sangria com canela e hortelã na espreguiçadeira virada a sol e ao mar. ambientes vários. domingo fado ao vivo, hoje o saxofone refinava o bater das ondas na falésia. perguntar-me-ia cada vez mais onde, quando e porque razão, deixei o tempo tomar conta da vida...se não fosse a agradável sensação de não ter de responder sequer a qualquer pergunta e deixar o saxofone cantar por baixo das gaivotas...só. não se explicam os momentos que passamos ao lado da vida. viver só. não adocicar o cérebro com as pertinências e necessárias e inadiáveis soluções para o mundo e concluir em conclusivas inferências, devidamente fundamentadas e referenciadas, as contextualizações acidentadas das contemporâneidades, suspeitar que o mundo vai de mal a pior, que a natureza humana anda mais que perdida, que o mundo perfeito conceptualizado para o homem livre era isto afinal. laranja, licor, mel, canela e hortelã. pode ser tinto.
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