- Gastar dinheiro em materiais (reutilizar, não reciclar, materiais vários);
- Fazer e trabalhar sem sentido;
- Apresentar um trabalho sem acreditar nele (ou seja, que o trabalho não acrescentaria nada ao já existente);
- Não ter autonomia.
No final seria necessário verificar:
- Como o meu desempenho contribuiu para o sucesso dos contributos dos meus colegas;
- Quais as maiores dificuldades;
- Quais os desafios;
- Como conseguimos resolver os problemas;
- De que modo o trabalho contribuirá para uma reflexão-acção sobre o tema abordado.
Só isto.
Partilho aqui o relatório da Carla, que vale a pena ler até ao fim (as imagens dos esquiços não serão apresentadas), pois merece ser apreciado, considerado e chegar a outros lugares de reflexão, por ser tão rico em descoberta. Por demonstrar que os garotos e as garotas de 13 e 14 anos afinal, se lhes derem oportunidade, sabem usar a informação com seriedade, responsabilidade e criatividade.
(os outros relatórios apresentados também estavam interessantes, embora nem todos tenham sido realizados em suporte informático).
Este foi o grupo de trabalho que mais me desafiou pela dificuldade de relacionar os temas prévios - o tema de abordagem era da responsabilidade deles e confesso, bem os tentei dissuadir por achar que seria demasiado complicado o cruzamento dos temas - felizmente os alunos foram determinados nos seus propósitos - e essa foi a minha maior satisfação!!!
Seja como for creio que é um relatório que, não sendo "oco", dá lições :-)
Totem
Escola Secundária Maria Lamas
Nome/Autor: Carla Adriana
Grupo: Ana Patrícia
Beatriz Duque
Fábio Silva
Disciplina: Educação Tecnológica
5/06/2008
Introdução
A professora sugeriu-nos no início do ano escolher um subtítulo dentro do tema: totens. Tivemos a liberdade de escolher e reflectir no que queríamos fazer mas o subtítulo deveria estar relacionado com o “Ano Internacional da Terra” – decorre entre 2007 e 2009 e tem apoio da UNESCO. Sendo estes os temas do ano: Desastres - reduzir a vulnerabilidade aos desastres; Terra e Saúde – melhorar o entendimento sobre os médicos das geociências; Recursos – descobrir novos recursos naturais e torná-los de forma sustentável, ou seja que permitam o desenvolvimento sustentável; Solo - compreender o que está por baixo da Terra; Cidades – construir com segurança; Mudança Climática – determinar as variações de mudança climática a longo prazo; Água Subterrânea – detectar água subterrânea profunda e de difícil acesso; Terra e Vida – responder a perguntas relacionadas com a evolução da vida; Oceanos – abismos do tempo e O Núcleo da Terra – como ele influencia o meio ambiente.
Após pensarmos, decidimos escolher o tema “Prevenção Rodoviária”. Na altura não entendemos muito bem como relacionar com o meio ambiente mas foi um trabalho em que estávamos interessados em fazer, por isso o nosso maior desafio ao longo do trabalho foi relacionar e perceber como a prevenção rodoviária está ligada ao ambiente.
Desenvolvimento:
Para o início do trabalho, encarreguei-me de procurar informação na Internet sobre acidentes que aconteceram no concelho de Torres Novas e sobre medidas para diminuir a sinistralidade. Recolhendo assim as seguintes informações:
Taxista foge após acidente: um taxista de Torres Novas pudera vir a ser acusado de omissão de auxílio por ter fugido à GNR depois de estar envolvido num acidente. Na segunda-feira, 30 de Outubro, o motorista circulava na Estrada Nacional 349, por volta das 20:00h quando numa curva embateu noutra viatura com três ocupantes, uma delas uma criança de seis anos. O taxista ainda saiu do carro para falar com os ocupantes da viatura em que embateu, um deles estando ferido, mas ao ver a patrulha da GNR fugiu.
Acidente Fatal com Tractor: Um homem de 37 anos, no dia 31 de Março, morreu num acidente com um tractor agrícola em Torres Novas. O acidente deu-se às 16h50 na Ribeira Ruiva. Além dos Bombeiros de Torres Novas, com 12 elementos e quatro viaturas, compareceram a VMER do Médio Tejo e a GNR.
Sinistralidade: A sinistralidade rodoviária é um grave problema nacional que coloca Portugal dramaticamente no topo das estatísticas internacionais. Números alarmantes que em cada ano significam dezenas e dezenas de vidas perdidas, muitas das quais de peões, ciclistas ou motociclistas. Mortes em acidentes, a que se soma um elevadíssimo número de pessoas feridas, jovens e crianças muitas delas, irreversivelmente lesionadas e obrigadas a carregar como deficientes uma pesada herança ao longo da sua vida. Um drama que toca, directa ou indirectamente, a maioria das famílias portuguesas. Se é certo que há uma cultura de agressividade instalada na nossa sociedade, em que o carro como símbolo de estatuto social se transformou em absurdo instrumento de poder, de agressão e de afirmação, e esse é, para nós, um factor que é preciso reter, para agir e contrariar;
O grupo, isto é, eu, a Ana Patrícia e a Beatriz propomos ir à PSP arranjar mais informação. Infelizmente o nosso colega, Fábio Silva não pode ir. Apesar de não termos sido bem atendidas, um agente deu algum do seu tempo para responder às nossas questões. Mas não poderei pôr o nosso inquérito porque um membro do grupo guardou o caderno no cacifo de uma colega nossa e não o trouxe e assim não tenho as perguntas nem as respostas para divulgar no relatório.
Após esta recolha de informação, pretendemos perceber mais a causa dos acidentes e assim formular hipóteses e conselhos para parar a sinistralidade.
Nas seguintes aulas a professora “pressionou-nos” para reflectirmos sobre o assunto e conseguir construir um totem que consiga fazer uma ligação entre o ambiente e a prevenção rodoviária. Falando sinceramente, o grupo ainda não encontrou a resposta apesar de termos discutido nas aulas sobre isto. Eu apenas consegui arranjar razões lógicas: devido à provocação dos acidentes, vai haver a libertação de CO2 (dióxido de carbono) para a atmosfera, o que vai levar à sua poluição; devido aos acidentes, vai levar à necessidade de um novo carro ou seja à construção de novos materiais, que leva à utilização de matérias primas o que vai dar ao abuso de utilização dos recursos, isto é, não cumpre o desenvolvimento sustentável.
Fizemos algumas mudanças ao esboço que está na ficha de trabalho. Ao longo das aulas fomos fazendo vários esboços e fixámo-nos num:
Na primeira caixa iremos pôr várias fotografias que choquem o observador.
Na segunda caixa iremos colocar números de acidentes e mortes ocorridas em Torres Novas.
Na terceira caixa iremos colocar palavras-chaves, ou seja palavras que tenham a ver com os acidentes rodoviários. Ou seja através de palavras iremos tentar demonstrar o que é um acidente.
Infelizmente talvez o grupo não irá ter tempo para acabar o totem em si, porque demoramos demasiado tempo a reflectir ou porque nos esquecíamos de trazer o material. Mas mesmo na última aula iremos dar o nosso melhor para acabá-lo!
Conclusão:
Concluímos que um totem é muito mais do que um simples objecto. É uma crença, é uma ligação com Deus, é um símbolo.
A professora pôs-nos à prova e deu-nos o maior desafio que penso que já nos deram, reflectir. Sim, tivemos que reflectir bastante para encontrar as respostas: Porquê prevenção rodoviária? Bem, escolhemos este tema pois cada dia há mais acidentes, cada ano há mais mortes, a sinistralidade tem aumentado de ano para ano. E com este totem queremos demonstrar o sofrimento e a dor que é sofrer um acidente. Queremos chocar o observador para assim conseguirmos que reflicta sobre o assunto.
Como relacionar prevenção rodoviária com o ambiente? Devido ao aumento da libertação de CO2 e devido à necessidade de construção de novos materiais.
Como parar com a sinistralidade? Mudança ao nível do sistema de ensino da educação; construção e avaliação de risco aquando da projecção do traçado de vias e estradas nacionais e melhorar a sinalização rodoviária.
O grupo centrou-se no esboço apresentado no relatório pois achamos que é mais apelador e capta mais a atenção dos observadores que o esboço divulgado na ficha de trabalho. E queria relembrar que as caixas estão um pouco tortas, esqueci-me de dizer anteriormente!
Queria agradecer por a mãe da Beatriz, Carla Pinho, nos ter fornecido as caixas de cartão e o lençol branco e pelo seu avô Ilídio nos ter facultado a base da madeira. Ainda quero agradecer aos meus colegas de grupo e à minha mãe por nos ter trazido os rolos e o papel de alumínio e ao meu pai pelos jornais. Mas a quem devemos mais agradecimento é à nossa professora por nos ter orientado em todas as aulas e por nos ter dado várias ideias para o trabalho. Por fim queremos também pedir desculpa, por não conseguirmos acabar a tempo o trabalho, mas espero que pelo relatório goste do totem que iria ser feito!
Bibliografia:
Através do google obtemos as seguintes informações:
● Taxista foge após acidente :
http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=259&id=29598&idSeccao=3587&Action=noticia
● Acidente Fatal com tractor :
http://www.correiodamanha.pt/noticia.aspx?contentid=B388EB6B-8E87-42E9-B5C5-1FAC7FE49F03&channelid=00000021-0000-0000-0000-000000000021
● Sinistralidade:
http://blogs.prof2000.pt/miudosprojectos/index.php?p=68
2 comentários:
Parabéns à aluna e à professora! A originalidade do tema (totens) e a qualidade do trabalho surpreenderam-me. E como fico feliz por saber que ainda ha tão bom ensino em Portugal!
bjs
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