Meu Portugal arrancou a Abril um cravo
a Maio uma papoila do campo.
tingiu a terra
e os corpos e os olhos e os vestidos e os lenços e os risos e as lágrimas
de vermelho vivo,
vermelho sangue,
vermelho quente!
Frenético!
Eléctrico!
Incandescente!
Chama!
...que fosse sempre...chama
não me tirem, os véus, a ilusão,
temos uma história
de ir para a guerra
com uma flor na mão
poemas trans-versos
e uma canção.
foi esta a lição!!!
eu não tenho dúvidas
que de batalhas travadas
se nos tire, do corpo, a vida
É vitória! E é nossa!
porque não nos ganham o coração!
por isso que se minta, se engane, se despreze, se ligue à falsidade,
pouco importa.
que me importa?
é sobre-vivência,
é política,
é traição...
é rosa velho
não é
vermelho!
(fala do azul de cor)
"Amargo estilo novo"
"Tudo é fácil quando se está brincando com a flor entre os dedos
quando se olham nos olhos as crianças,
quando se visita no leito o amor convalescente.
É bom ser flor, criança, ou ser doente.
Tudo são terras donde brotam esperanças,
pétalas, tranças,a porta do hospital aberta à nossa frente.
Desde que nasci que todos me enganam,
em casa, na rua, na escola, no emprego, na igreja, no quartel
com fogos de artifício e fatias de pão besuntadas com mel
E o mais grave é que não me enganam com erros nem com falsidades
mas com profundas, autênticas verdades.
E é tudo tão simples quando se rola a flor entre entre os dedos
Os estadistas não sabem,
mas nós, os das flores, para quem os caminhos do sonho não guardam segredos,
sabemos isso e todas as coisas mais que nos livros não cabem."
ANTÓNIO GEDEÃO
1 comentário:
Que belas palavras -coloridas,coloridas- se encontram sempre por aqui...
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